Sexta-feira, 14 Março, 2025
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Produção da castanha pode atingir 170 mil toneladas

Por Jornal Notícias
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A PRODUÇÃO da castanha de caju deverá atingir 170 mil toneladas na presente campanha agrária, contra 160 mil na época passada, o que representa um aumento em dez mil toneladas.

Segundo Feliza Macomé, directora dos Serviços Centrais de Desenvolvimento e Produção de Amêndoas no Instituto de Amêndoas, há para já alguma preocupação devido ao contrabando do produto.

Intervindo num encontro realizado esta semana, em Maputo, para a auscultação sobre a proposta de regulamentação da Lei do Caju, Macomé anotou que o aumento da produção deve-se, fundamentalmente, à melhoria das condições climatéricas nas zonas de maior potencial e adesão às campanhas de fomento em toda a cadeia. “Para esta campanha há mais de nove milhões de mudas para serem distribuídas a nível nacional”.

Admitiu que as autoridades não captam toda a informação sobre a produção, uma vez que muita castanha continua a ser comercializada ilegalmente no estrangeiro sem o devido registo.

Sobre a regulação, apontou que a mesma é necessária, para adequar o quadro às exigências do mercado nacional e internacional, estimular a competitividade entre os actores e garantir a segurança e tranquilidade dos investimentos no subsector.

Apontou que um dos aspectos que leva à regulação é que a lei não prevê penalizações de certas transgressões dos actores da cadeia de valor, para além da falta de clareza sobre as quantidades mínimas de castanha ou amêndoa a transportar sem necessidade de guia de trânsito.

“O regulamento deverá estabelecer, com clareza, os procedimentos de secagem, embalagem, armazenamento, comercialização, processamento, exportação e importação da castanha e taxas de sobrevalorização”, anotou.

O governador da província de Maputo, Manuel Tule, mostrou-se preocupado com o trânsito da amêndoa contrabandeada nas fronteiras terrestres de Maputo para África do Sul.

Afirmou que a província produz mais de 150 mil mudas de cajueiro, entre enxertados e policlonais, para garantir o fomento da cultura. “A comercialização atingiu 565 toneladas, e através do Porto de Maputo foram exportadas 406 toneladas de castanha das províncias de Gaza, Inhambane e Sofala”, frisou.

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