Terça-feira, 18 Março, 2025
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Previsão de crescimento em torno de três por cento

Por Jornal Notícias
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Prevê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 2,9 a três por cento este ano, ou seja, uma redução de 2 a 2,5 pontos percentuais face às projecções dos últimos dois anos.

A queda esperada para este ano deverá ocorrer num contexto de inflação estabilizada em sete por cento.

Em 2023 as estimativas indicaram para um crescimento de cinco por cento e no ano seguinte 5,5 por cento, mas em 2024 a meta não foi cumprida devido ao impacto das manifestações pós-eleitorais, ocorridas no último trimestre. 

De acordo com Carla Louveira, ministra das Finanças, que intervinha recentemente num encontro com parceiros financeiros internacionais em Maputo, a redução coincide com desafios na arrecadação de receitas e contenção da despesa pública.

Assim, Louveira falou da necessidade de um compromisso para assegurar um crescimento mais notável, garantindo a resiliência da economia doméstica, adoptando-se medidas que promovam a confiança dos parceiros internacionais e redução das despesas.

A queda nas projecções de produção e crescimento é explicada pelo impacto das manifestações, que durante três meses condicionaram o pleno funcionamento da economia.

No geral, as manifestações pós-eleitorais afectaram 955 empresas, o que gerou prejuízos na ordem de 32,2 mil milhões de meticais, para além da perda de 17 mil empregos.

No quadro do anúncio dos bancos comerciais da disponibilidade de uma janela de financiamento orçada em 10 mil milhões de meticais para apoiar as empresas afectadas directa ou indirectamente pelas manifestações, a ministra disse que o Governo procura soluções de curto e médio prazos para estimular a economia.

Mas, para além desta medida, explicou que “continuamos a trabalhar no desenho doutras soluções, igualmente estruturantes de médio e longo prazos, como é o caso do Fundo de Garantia Mutuária.

De acordo com Agostinho Vuma, presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), as manifestações prejudicaram as projecções de crescimento de 2024, que passaram a situar-se em 3,3 por cento, abaixo das previsões iniciais de 5,5 por cento.

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