Terça-feira, 18 Março, 2025
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Bolsonaro critica proibição de concorrer em eleições

Por Jornal Notícias
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O EX-PRESIDENTE brasileiro, Jair Bolsonaro, disse que as acusações por tentativa de golpe de Estado se devem ao facto de “o quererem preso ou morto” e que o impedimento de concorrer em eleições é “uma negação da democracia”.

Bolsonaro falava, no domingo, durante um evento realizado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que juntou milhares de pessoas para mostrar apoio ao ex-chefe de Estado de extrema-direita do Brasil.

“Quero dizer aos que não gostam de mim em Brasília: as eleições sem Bolsonaro são uma negação da democracia no Brasil”, disse o ex-presidente, empoleirado num palanque com um cartaz que mostrava o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, com o punho erguido, após o ataque sofrido durante a campanha eleitoral, na Pensilvânia, em Julho passado.

“Tudo isto se deve ao facto de me quererem preso ou morto”, denunciou o ex-presidente.

“Fabricaram esta história sobre o golpe, e agora tenho de provar que sou inocente”, declarou o líder de extrema-direita brasileiro, referindo-se a uma queixa apresentada pelo Ministério Público, que o acusa de ter engendrado o ataque aos três poderes governamentais a 8 de Janeiro de 2023.

Nesse dia, uma semana após a tomada de posse do actual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, milhares de bolsonaristas invadiram e vandalizaram os edifícios da presidência, do Parlamento e do Supremo Tribunal Federal em Brasília, incitando as Forças Armadas a derrubar o novo governo.

Bolsonaro e cerca de trinta dos seus colaboradores mais próximos foram acusados também de terem conspirado para impedir a investidura de Lula, que o tinha derrotado nas eleições de Outubro de 2022.

O Supremo Tribunal Federal, responsável pelo caso, decidirá se aceita as acusações entre 25 e 26 de Março, altura em que poderá abrir um processo-crime.

No domingo, o ex-presidente voltou a negar as acusações que enfrenta, bem como as denúncias de abuso de poder político e económico durante o processo eleitoral de 2022, levando o tribunal a proibi-lo do cargo até 2030.

Bolsonaro explicou que a decisão “pode ser anulada” e pediu aos adversários políticos que tenham coragem de o enfrentar em eleições.

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