Quarta-feira, 19 Março, 2025
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PRODUZIDOS NO PAÍS: Setenta por cento de óleo e farinha são fortificados

Por Jornal Notícias
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PELO menos 70 por cento das farinhas de milho e trigo, óleo e açúcar produzidos em Moçambique estão fortificados, o que garante uma alimentação mais saudável, sobretudo para a população de baixa renda. 

Este é o resultado da implementação do programa de fortificação, iniciado em 2016, que contribuiu para que nos últimos seis anos a indústria garantisse 13.1 milhões de toneladas métricas de alimentos enriquecidos. 

A informação foi prestada sexta-feira pela coordenadora nacional do Programa de Fortificação de Alimentos (CONFAM), Eduarda Mungói, e pelo ministro da Economia, Basílio Muhate, num evento que visava avaliar as actividades desenvolvidas neste âmbito. 

Na ocasião, Mungói referiu que um dos ganhos do programa é permitir que os alimentos mais consumidos tenham nutrientes e qualidade necessários para o desenvolvimento físico e cognitivo dos cidadãos. 

Disse que, para além dos produtos referenciados, outro ganho da implementação do programa está no sal iodado produzido internamente, que actualmente corresponde a 50 a 60 por cento. 

Entretanto, o único desafio prevalecente está nos produtores de pequena escala, que ainda não conseguem colocar no mercado alimentos que correspondem às actuais exigências.

Por sua vez, o ministro da Economia referiu que as deficiências de micronutrientes são uma das causas da desnutrição crónica, que em Moçambique afecta 37 por cento de crianças menores de cinco anos.

Assim, referiu, o país adoptou esta medida de fortificação de alimentos de consumo massivo para garantir que a população continue a receber nutrientes essenciais através da sua dieta habitual e de forma sustentável. 

Assegurou que os benefícios do programa se estenderam às áreas rurais e aos grupos vulneráveis, sendo que a tendência mostra potencial de abrangência universal.

Explicou que, com a implementação do programa, a CONFAM assistiu mais de 200 indústrias nacionais e estendeu-se a fortificação a 100 pequenas moageiras.

Considerou, todavia, a necessidade de aperfeiçoar o quadro legal, decorrendo, neste contexto, a revisão do decreto da fortificação de alimentos com micronutrientes industrialmente processados.

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