USSENE ISSE, MINISTRO DA SAÚDE: Atendimento hospitalar é melhor terapia de cura

A melhoria do atendimento nas unidades sanitárias pode ser a principal terapia de cura dos doentes que procuram os serviços das unidades sanitárias, conforme reconheceu, ontem em Maputo, o ministro da Saúde.

Ussene Isse, que falava na primeira auscultação pública no Bairro do Chamanculo, Distrito Municipal Lhamankulo, sobre o funcionamento das unidades sanitárias, assegurou que o Governo está a trabalhar para devolver a dignidade dos utentes das unidades sanitárias.

Afirmou, por exemplo, que a demora no atendimento é uma das principais inquietações dos utentes, daí que decorre um trabalho interno com os técnicos do sector para reverter o cenário.

Paralelamente a isso, o roubo de medicamentos e material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias deve ser combatido o mais rápido possível, por ser, na sua opinião, um mal que corrói o Sistema Nacional de Saúde, sendo que para o efeito as comunidades devem denunciar tal prática.

Precisou que os comités locais de recepção de medicamentos nos hospitais devem fazer parte do sistema para ajudarem no controlo.

Entretanto, a falta de sanitários em algumas unidades sanitárias está a ser resolvida através da implementação de obras de melhoramento.

O ministro fez saber, ainda, que está em curso a construção de mais infra-estruturas para o funcionamento de novas enfermarias com vista a ampliar os serviços nas unidades sanitárias.

No geral, tal como indicou o ministro, o grande desafio do sector é humanizar os serviços, para que os doentes se sintam bem e melhorem rapidamente das enfermidades de que padecem.

Apelou às comunidades a denunciarem o mau atendimento, incluindo cobranças ilícitas, perpetradas por alguns funcionários.

Joana Tembe, de KaTembe, disse que em várias unidades sanitárias do seu distrito há mau atendimento e falta de sanitários para os utentes, razão pela qual pede a intervenção do ministro.

Por seu turno, Dolores Mandlate, do Bairro de Magoanine “B”, reclamou da falta de sigilo de alguns técnicos de saúde, sobretudo em relação aos doentes em tratamento antiretroviral.

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