Página da Mulher Financiamento refém de factores sócio-culturais Por Jornal Notícias Há 5 dias Criado por Jornal Notícias Há 5 dias 291 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 291 Table of Contents Notícias RelacionadasINGD lança plano de gestão de deslocados internosAcadémico Armando Magaia lança gramática da língua ronga O LEQUE de barreiras reside igualmente na esfera sociocultural, que interfere no acesso ao financiamento necessário para o início ou expansão dos negócios, com destaque para as normas patriarcais, detentoras dos recursos familiares, das quais depende o uso de bens e/ou a solicitação de empréstimos bancários. A empresária Esperança Mangaze reconhece o fenómeno e fala de uma história de sucesso da empreendedora Assma, do ramo de confeitaria, que se tornou proprietária de várias escolas de culinária, em Maputo. “Assma começou a vender salgados feitos em casa para os vizinhos. As pessoas gostaram dos produtos e, à medida que as encomendas aumentavam, ela sentia a necessidade de expandir o seu negócio. Com o dinheiro amealhado, conseguiu construir uma casa”, relatou. Foi nesse momento que Assma decidiu pedir financiamento para expandir o seu negócio, pois as encomendas eram muitas e o espaço disponível revelava-se cada vez mais pequeno. Para além disso, ensinava gratuitamente as vizinhas a fazer doces e salgados, de forma a ajudarem-na a responder à demanda crescente. “A primeira pergunta feita ao solicitar o crédito foi sobre o estado civil e se ela era funcionária do Estado. Por ser solteira, foi necessário chamar gestores do banco para avaliar a casa que construiu com o lucro das vendas. O tamanho e a beleza da residência impressionaram-nos levando à aprovação do seu pedido”, explicou. Apesar das dificuldades, Assma conseguiu pagar a dívida a tempo e, hoje, tem escolas de culinária em Maputo e Matola, sendo um exemplo claro de persistência e superação. “Existem muitas burocracias desnecessárias no processo de financiamento de negócios liderados por mulheres, o que dificulta o progresso de muitos empreendimentos. A criação de facilidades pode contribuir para o aumento do número de empresárias no país”, afirmou. Mangaze destacou o impacto da pandemia de Covid-19, aliado à vandalização ocorrida durante as manifestações pós-eleitorais, no sector empresarial. Em 2020, o número de empresas caiu 58 por cento, o que representa uma redução de 61,7 por cento devido aos efeitos da pandemia. Durante as manifestações, mais de 500 empresas foram destruídas em todo o país, afectando muitas empreendedoras que buscavam se firmar no mercado e expandir os seus negócios. “Esses eventos reforçam a necessidade urgente da criação de políticas públicas que promovam a inclusão e o empoderamento das mulheres, ajudando-as a superar as barreiras socioculturais e o acesso aos recursos, conducentes ao sucesso dos seus empreendimentos”, ressaltou. Foto: Sergio Manjate Leia mais… Notícias Relacionadas INGD lança plano de gestão de deslocados internos Académico Armando Magaia lança gramática da língua ronga Você pode gostar também Persiste violência contra mulher viúva Celebra-se hoje Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência Nyusi visita Zimbabwe Gueta Chapo lança hoje mês da mulher FINANCIAMENTOMULHER Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Histórias de líderes que salvaram gerações Próxima artigo Indústria cultural à mercê da manipulação Artigos que também podes gostar Histórias de líderes que salvaram gerações Há 5 dias Barreiras ainda minam crescimento da mulher Há 5 dias TOXICODEPENDENTES: Mulheres superam vício e voltam a sonhar Há 2 semanas Veteranas defendem preservação do seu legado Há 3 semanas A homenagem às mulheres … pelas mulheres das artes Há 3 semanas Talapa enaltece trabalho da ONU Mulher em Moçambique Há 4 semanas