Ângela Leão pode sair em liberdade condicional

O TRIBUNAL Supremo decidiu conceder liberdade condicional a Ângela Leão uma das condenadas a 11 anos de prisão no caso das dívidas ocultas em virtude desta ter já cumprido metade da sua pena condenatória e beneficiar-se das inovações do novo código do Processo Penal.

Leão foi condenada pelos crimes de branqueamento de capitais sucede porém, que da pena aplicada pelo tribunal, a requerente, não se conformando com a decisão interpôs recurso o qual ainda não foi decidido, facto que a coloca ainda em situação de prisão preventiva.

Com efeito tal como Ângela Leão, há outros condenados no processo que encontram-se na mesma situação é o caso de Cipriano Mutota, e Fabião Mabunda que em Setembro cumpriram a metade das suas penas.

Os outro arguidos também cumpriram metade da pena em Fevereiro deste ano como é o caso de Gregório Leão, António do Rosário,Teófilo Nhagumele e Ndambi Guebuza.

Ângela Leão foi acusada no processo de ter recebido 1,7 milhões de dólares através da conta do empreiteiro Fabião Mabunda, acusações que refuta.

No julgamento do caso foi exibido um e-mail em que ela interagia com Fabião Mabunda a propósito da confirmação do recebimento do montante. O magistrado revelou também extractos bancários que confirmariam as transferências.

A arguida, casada com o antigo director do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), Gregório Leão, negou qualquer relação com a Privinvest ou com outras entidades ligadas ao grupo envolvido no maior escândalo financeiro do país, que originou uma dívida superior a 2,2 mil milhões de dólares.

No julgamento, o Ministério Público solicitou a indemnização dos acusados em um valor de 2.902.500 dólares, mais juros, ao Estado moçambicano, como forma de reparar os danos causados. 

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