Grande Maputo Números das doentes crónicos alarmam sistema de Saúde Por Jornal Notícias Há 9 horas Criado por Jornal Notícias Há 9 horas 160 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 160 ELÍSIO MUCHANGA O INCREMENTO da população que sofre de doenças crónicas não transmissíveis no país tem contribuído para a mudança do padrão da mortalidade nos últimos anos. Três em cada dez adultos morrem de complicações por doenças crónicas não transmissíveis, cujo peso na mortalidade triplicou nos últimos vinte anos. Estas estatísticas correspondem também à metade da razão da procura de cuidados nos serviços de urgência em Maputo, Beira e Nampula. O facto faz soar os alarmes do Sistema Nacional de Saúde (SNS), que se debate com défice de especialistas para lidar com a situação. Um estudo recentemente publicado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), sobre factores de risco,aponta para um panorama preocupante, com uma tendência crescente de prevalência de doenças tais como complicações cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade e tendências suicidas em jovens. A título de exemplo, o país apresenta uma das prevalências de população com pressão arterial mais alta da África Austral, com um em cada quatro adultos moçambicanos a ter pressão arterial alta. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam a mais de cinco mil mortes nos últimos anos por complicações relacionadas com a hipertensão. A informação foi partilhada por Ana Olga Mocumbi, investigadora no Instituto Nacional de Saúde, entrevistada pelo “Notícias”. A pesquisadora aponta para a necessidade urgente de mudança de hábitos comportamentais e elaboração de políticas públicas com vista a reverter o cenário. Seguem-se os excertos mais importantes desta entrevista: NOTÍCIAS (Not.): No ano passado, o país efectuou o Inquérito Nacional de Prevalências e Factores de Risco de Doenças Não Transmissíveis em Moçambique, mais conhecido por InCrónica. Em que consistiu? ANA MOCUMBI (AN): O InCrónica é um inquérito feito nas comunidades, desenhado e padronizado pela Organização Mundial da Saúde para comparar os países quanto a um número definido de factores de risco de doenças crónicas. O inquérito foi feito pela primeira vez em Moçambique em 2005, repetido em 2014 e em 2024 fizemos a terceira edição. Designámos InCrónica porque o estudo passou a ser feito pelo Instituto Nacional de Saúde, delegado pelo Instituto Nacional de Estatística, de acordo com a legislação actual no país. InCrónica quer dizer Inquérito Nacional de Factores de Riscos e Doenças Crónicas. Esta é uma pesquisa com três etapas, sendo a primeira de identificação de factores de risco comportamentais, que correspondem ao comportamento das pessoas e comunidades, que contribuem para o aparecimento de doenças não transmissíveis. Na segunda etapa questionam-se os hábitos das pessoas em relação à busca de serviços do SNS e observamos os participantes, fazemos a avaliação da pressão arterial, peso, altura e através destas medições obtemos alguns resultados. A terceira etapa normalmente requer uma segunda visita e é aqui onde colhemos uma amostra de sangue para detectar o nível de açúcar e gordura. Este processo permite-nos diagnosticar a diabetes e o colesterol. “O uso abusivo do álcool aumentou em relação a inquéritos passados, incluindo no sexo feminino. Um em cada quatro jovens pelo menos teve um episódio de uso excessivo do álcool no último ano. Saímos de seis por cento nos inquéritos anteriores para 25 por cento em 2024” Not.: Quando decorreu o estudo e quais são os principais resultados? Leia mais… Você pode gostar também Desconhecidos incendeiam pneus na N4 MISAU diz não haver razões para greve dos profissionais de saúde Maputo e Matola ainda epicentro das manifestações HCM atende 203 pacientes DESTAQUESDOENÇAS CRÔNICASMISAUSAÚDE Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Nacala recebe primeira embarcação de cabotagem Próxima artigo Penas de prisão pesadas para rivais de PR tunisino Artigos que também podes gostar Município de Maputo projecta atribuir mais de quatro mil DUAT Há 3 horas Saúde investe na especialização de médicos Há 3 horas “Nhluvuko” financia empreenderismo em Boane e Matola Há 6 horas Administrador de KaTembe pede melhorias no abastecimento de água Há 7 horas Reduz emissão de DUAT em KaTembe Há 8 horas DEPOIS DE MELHORIAS NA COVID-19: Problemas de higiene voltam às escolas Há 10 horas