Segunda-feira, 28 Abril, 2025
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AFIRMA JOÃO MATLOMBE: Há conflito de interesses na LAM

Por Jornal Notícias
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O GOVERNO admitiu existir um conflito de interesses entre grupos que querem “sequestrar” a empresa pública Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), interferindo no plano de reestruturação da companhia.

“Toda a demora [na reestruturação] que temos até agora é resultante do conflito de interesses, do conflito de grupos que procuram sequestrar a empresa e o Governo nunca vai deixar”, disse o ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, à margem da cerimónia de inauguração de três locomotivas, em Maputo.

O Governo autorizou, em Fevereiro, a venda de 91%, para três empresas públicas, da participação do Estado na transportadora, indicando que o valor vai ser usado para a aquisição de oito aeronaves, acções que visam reestruturar a empresa no âmbito dos 100 dias de governação.

A resolução aprovada pelo executivo determina que apenas a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (Emose) – podem adquirir a participação do Estado na LAM.

O ministro Matlombe denunciou a “pressão” interna e externa na reestruturação da empresa, referindo que a mesma visa “manter o estágio actual, a forma como a empresa continua a funcionar.

“Vamos deixar que os accionistas trabalhem na implementação das orientações que o Governo deu. Infelizmente, esperávamos cumprir essa missão dentro de 100 dias, mas dada a complexidade da própria missão, o Governo teve que tomar a decisão de mandar cancelar todo o processo que estava sendo realizado por perceber que há muito conflito de interesse”, explicou Matlombe.

O Governo prevê alcançar a estabilidade operacional da LAM em três anos, após vender as acções da companhia para as referidas empresas públicas, devido ao seu alto nível de endividamento.

Há vários anos que a LAM enfrenta problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimento, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves.

Entretanto, na semana passada, o porta-voz da LAM admitiu dificuldades da empresa em responder à procura devido ao reduzido número de aviões na sua frota, constituída por duas aeronaves alugadas.

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