A ACTIVISTA social Graça Machel diz que a intervenção de várias organizações que prestam apoio às vítimas do terrorismo que assola a região norte do país, com enfoque na província de Cabo Delgado, revela-se frágil para minimizar o sofrimento da população, de forma abrangente.
A posição foi apresentada esta semana, em Maputo, durante um fórum sobre direitos da criança, que discutiu a situação deste grupo afectado pelo conflito armado na província de Cabo Delgado.
Num discurso carregado de emoção e preocupação, Graça Machel disse que esteve durante semanas na província mais afectada pelo conflito e, no terreno, constatou a presença massiva de organizações com intenções de minimizar a dor das pessoas, mas, segundo disse, são esforços fragmentados.
Justificando a sua posição, a activista explicou que as fragilidades devem-se ao facto de os esforços resultarem de programas que obedecem a mandatos de cada uma das instituições, não existindo uma abordagem comum sobre a sua incidência.