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Quarta-feira, 27 - Março, 2024

Educação prepara currículo para Ensino Pré-Escolar

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MOÇAMBIQUE vai ter, pela primeira vez, um currículo para o Ensino Pré-Escolar, visando desenvolver competências e criar prontidão nas crianças que pretendam ingressar no Ensino Primário.

Para o efeito, o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (INDE) concluiu o desenvolvimento dos padrões e competências para o Ensino Pré-Escolar, devendo avançar para a testagem dos prováveis modelos, no próximo ano.

O director-geral do INDE, Ismael Nhêze, disse que “já terminamos a preparação do currículo do Ensino Pré-Escolar. Vamos fazer a testagem no próximo ano. Temos que ver que modelos a implementar, dado que não temos experiência nesse sentido. Temos que estudar para ver como isso vai funcionar”.

“Neste momento estamos para testar o currículo, os modelos e propor ao Governo formas de ter o ensino no país”, acrescentou.

Afirmou que o INDE está a trabalhar directamente com o Ministério do Género, Criança e Acção Social em busca de modelos a implementar, nomeadamente se vai ser mais profícuo ter creches isoladas ou ligadas a uma escola.

Por exemplo, no modelo português, as creches estão ligadas a uma escola primária, ou seja, ela fica responsável por um certo número de creches as quais presta assistência técnica.

Num futuro próximo pretende-se igualmente, que as crianças com três anos de idade sejam acompanhadas por um educador de infância, que as ponha em contacto com actividades lúdicas que possibilitem o desenvolvimento de competências como ouvir, falar, cantar e socializar-se, a chamada prontidão escolar, ou seja, a apetência para frequentar a escola.

Segundo o director-geral do INDE, trabalha-se com muito rigor para se trazer uma proposta curricular do pré-escolar bem definida e que seja fácil de implementar tanto nas zonas urbanas como nas rurais.

O país possui actualmente cerca de 200 creches estatais (herdadas do tempo colonial) e milhares de privadas, não acessíveis a muitos cidadãos comuns por serem bastante onerosas.

“Temos que reverter essa situação. O acesso ao Ensino Pré-Escolar é um direito da criança. Ela não pode ser privada desse privilégio só porque os pais não têm recursos financeiros”, sublinhou.

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