O PAÍS celebra hoje 48 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka, acto que decorreu a 7 de Setembro de 1974, na Zâmbia, entre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Estado português.
O momento marcou a vitória dos guerrilheiros da FRELIMO, que há dez anos combatiam os colonos portugueses, mas também era carregado de um grande significado histórico que mudou o rumo da vida dos moçambicanos.
Foi este compromisso selado entre as partes que permitiu a proclamação da independência nacional, a 25 de Junho de 1975, no Estádio da Machava, em Maputo.
As delegações para a reunião de Lusaka, que decorreu de 5 a 7 de Setembro de 1974, eram chefiadas pelo Presidente da FRELIMO, Samora Moisés Machel, e pelo ministro português Melo Antunes.
Para além de Samora Machel, a delegação moçambicana incluía também Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Alberto Chipande, Óscar Monteiro, Bonifácio Gruveta, Sebastião Marcos Mabote, Jacinto Veloso, Mariano Matsinhe, Xavier Salila, Joaquim Munhepe, Mateus Malichocho, João Phelembe, Joaquim de Carvalho, José Moiane e Graça Simbine.
Do lado português integravam ainda Mário Soares, Otelo Saraiva de Carvalho, Almeida Santos, entre outros representantes.