O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Filipe Nyusi renovou, ontem, o seu compromisso de tudo fazer para a preservação da biodiversidade e ecossistemas no país.
Dissertando momentos após a outorga do título de Doutor Honoris Causa na área de conservação da biodiversidade e mudanças climáticas, atribuído pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Nyusi considerou o título uma grande honra, sublinhando ser com elevado apreço e humildade que o aceita.
O Chefe do Estado reconheceu a responsabilidade que recai sobre si a partir deste reconhecimento, ao mesmo tempo que afirma se tratar do reflexo da participação do povo moçambicano pela causa ambiental, a quem dedica a distinção.
“Quando me comunicaram sobre o interesse da UEM em atribuir-me este título fui acometido por um misto de sentimentos. A questão que pairou sobre mim foi: o que fazemos? E a resposta para esta pergunta é, claramente: não continuarmos a fazer o que fazíamos com a natureza, no passado”, disse.
Sublinhou que este é o momento de se abandonar todas as práticas nocivas que a experiência revela, resultantes do mau uso dos recursos naturais porque, sublinhou, “não temos onde ir e o planeta Terra é a nossa única casa”.
Presente na ocasião, o antigo estadista queniano Uhuro Kenyatta, na qualidade de padrinho de Filipe Nyusi, deu o testemunho do seu cometimento na causa da biodiversidade, mencionando os seus feitos, alguns dos quais concorreram para a sua distinção, em 2016, em Washington, pela conservação; a sua recente nomeação como campeão africano da biodiversidade, bem como o cometimento pela causa da natureza, através de acções visando travar a perda da biodiversidade na Reserva Especial do Niassa.
Foi das mãos do Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Manuel Guilherme Júnior, que o Presidente da República recebeu as vestes doutorais e o diploma que o confere o título de Doutor Honoris Causa.
Segundo Manuel Guilherme Júnior, pesou para a atribuição deste título, cuja proposta foi feita pelas faculdades de Veterinária, de Ciências e de Agronomia e Engenharia Florestal, a dedicação do estadista nas causas ambientais reconhecidas dentro e fora do país.
Explicou que o título é atribuído a individualidades que se evidenciaram em diversas áreas, mediante uma propositura que pode iniciar do Reitor, das faculdades ou um outro órgão da UEM.
O acto é seguido pela fundamentação submetida para o Conselho Universitário, com o suporte académico elaborado, com o sustento científico de um comité técnico especializado na matéria. É o Conselho Académico que tem a função de aprovar a outorga.