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Terça-feira, 26 - Março, 2024

Sistemas de saneamento para centros urbanos

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A REGIÃO do Grande Maputo e as cidades de Tete e Quelimane terão acesso a infra-estruturas de saneamento melhoradas com a construção, reabilitação e ampliação dos sistemas de esgoto e estações de tratamento de águas residuais.

O investimento, do Governo e do Banco Mundial, estimado em 115 milhões de dólares norte-americanos, vai beneficiar pessoas que vivem em bairros com deficiência de infra-estruturas de saneamento.

Parte do montante, cerca de 13 milhões de dólares, está a ser aplicada na reabilitação e ampliação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Infulene, com impacto na gestão do sistema de esgotos das cidades de Maputo e Matola.

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, que lançou a primeira pedra para as obras da ETAR, assegurou que o Governo vai continuar a investir na melhoria das infra-estruturas de saneamento urbano e rural, beneficiando cada vez mais famílias.

Disse que o país tem estado a apostar em intervenções visando à redução das assimetrias no acesso ao saneamento seguro e, com a conclusão das obras da ETAR, será restabelecida a capacidade de gestão de águas residuais na cidade de Maputo.

Acrescentou que as obras, que incluem a reabilitação de estações de bombagem e a melhoria das ligações domiciliárias de esgotos existentes, vão ainda impulsionar a agricultura no cinturão verde do Grande Maputo.

O representante do Banco Mundial, Paulo Sithoe, disse que, para responder à crescente demanda da urbanização, o país precisa de investir dois biliões de dólares no sector de salubridade caso pretenda atingir a meta de 100 por cento até 2030.

“O acesso à água e ao saneamento continua baixo e altamente desigual. Metade da população tem acesso ao abastecimento de água melhorado mas, nas áreas rurais, 63 por cento dependem de fontes precárias e não possuem serviços de saneamento”, acrescentou.

O presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneias Comiche, disse que a situação de saneamento na capital é preocupante, tomando em consideração a existência de muitas áreas com grandes aglomerados populacionais onde a degradação, funcionamento deficiente ou mesmo a inexistência de equipamentos de saneamento e drenagem acarretam riscos incalculáveis à saúde pública.

Acrescentou que, na cidade de Maputo, dos cerca de 1.2 milhão de habitantes, mais de 30 por cento não têm acesso aos serviços básicos de saneamento convencional.

“Esta é uma realidade preocupante para o Conselho Municipal, que não tem poupado esforços na identificação de soluções, como a construção de infra-estruturas e desenvolvimento de serviços adequados para os munícipes”, afirmou.

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