A FRONTEIRA terrestre de Ressano Garcia, entre Moçambique e a África do Sul, voltou a fechar ontem por determinação das autoridades sul-africanas.
A África do Sul encerrou, no total,20 postos fronteiriços terrestres, incluindo o de Lebombocom Ressano Garcia, na província de Maputo.Conforme determinou o Presidentesul-africano,Cyril Ramaphosa, os postos deverão manter-se encerrados até ao dia 15 de Fevereiro, em resultado do ajustamento das medidas de prevenção da segunda vaga da Covid-19.
O encerramento das fronteiras tinha acontecido entre os meses de Março a Setembro do ano passado, tendo sido abrangidos 35 dos 52 postos terrestresdepois de declaradooestado de desastre nacional naquele país.
Assim, com aexcepção do transporte de combustível, carga e matérias-primas, emergências médicas, entrada e saída de diplomatas,regresso de cidadãos sul-africanos e estrangeiros residentes e saída de estrangeiros, todos os outros movimentos fronteiriços normais de viajantes ficam suspensos.
Entretanto, falando ao nosso Jornal, Celestino Matsinhe, porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), explicou que uma equipa de quadros seniores do sector trabalhou na fronteira de Ressano Garcia para, junto das autoridades sul-africanas, clarificar a aplicação das novas medidas impostas pela África do Sul.
Agrande preocupação era perceber das autoridades migratórias da África do Sul quem são as pessoas abrangidas pela excepção nas viagens e que tratamentoadar aos restantes.
Afronteira de Ressano Garcia vinha registando um movimento fora do comum de pessoas que pretendiam viajar para a “terra do rand”, facto que ficou complicado devido à enorme burocracia registada na questão dos testes à Covid-19.
Uma das justificações apontadas por Cyril Ramaphosapara fechar as fronteiras tem a ver com as dificuldades de garantir a aplicação dos protocolos sanitários para entrar naquele país, onde muitas pessoas se fazem sem o teste negativo à Covid-19.
AÁfrica do Sul é o país mais afectado pela pandemia no continente, estando com um registo de mais de 1,2 milhões de casosdesde Marçode 2020.Só nos primeiros dias de 2021 foram registados no território sul-africano 190milnovos casos de infecção e 4.600 mortes.
Na sua última comunicação, o presidente sul-africano decretou ainda o recolher obrigatório nocturno das 21 horas às 5 horas, mantendo ainda a suspensão da venda e consumo público de álcoole o encerramento depraias. Os ajuntamentos públicos não devem ultrapassar 50 pessoas.