RESIDENTES da cidade de Nampula consideram que a crise de água que afecta a urbe tem impactonegativo, ao dificultar a prevenção do novo coronavírus, uma doença que exige higiene individual e colectiva.
As pessoas mostram-se receptivas quanto ao cumprimento integral das medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades sanitárias, porém dizem que o uso de máscaras e o distanciamento físico não são suficientes para evitar o surgimento de focos de infecção pelo novo coronavírus.
Afonso dos Santos, residente nesta urbe, afirma que a disponibilidade de água para garantir a higiene individual e colectiva joga um papel importante, numa altura em que muitas pessoas usam máscaras reutilizáveis e se exige a constante higienização dos locais públicos e a lavagem das mãos.
Dos Santos defende um trabalho coordenado entre as autoridades e a população, porque o Governo deve estar preocupado em prover água e a população deve cumprir as medidas de prevenção.
“Temos as autoridades governamentais a exigir da população o uso da máscara e o respeito pelo distanciamento físico, contudo há problemas de água ao nível das unidades residenciais, uma realidade que choca com os esforços levados a cabo para combater a pandemia da Covid-19”, disse.
Nido Daniel, residente no Bairro de Namicopo, enaltece os esforços do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) nas acções de emergência para prover água,mas lamenta o facto de a pouca que existe se perder na via pública, devido ao rompimento da tubagem nalgumas zonas.