UM total de 7,6 milhões de euros em financiamento da União Europeia (UE) está a ajudar o Programa Mundial para a Alimentação (PMA) a atender às crescentes necessidades alimentares em Moçambique,impulsionadas pelas mudanças climáticas, insegurança, deslocamento e impacto sócio-oeconómico da pandemia da Covid-19. As doações são também fundamentais para o fortalecimento da capacidade nacional de resposta a desastres naturais.
Mercê das doacções como as da UE, o PMA tem fornecido assistência alimentar a quase 323.000 pessoas afectadas pela crise em Cabo Delgado, onde a escalada da violência deslocou mais de 500 mil pessoas.
“Apesar dos desafios e desenvolvimentos sem precedentes nos últimos meses, a nossa parceria com o PMA tem garantido assistência ininterrupta a muitas famílias vulneráveis em Moçambique e, especialmente, ao aumento do número das populações deslocadas em Cabo Delgado,” disse Annabelle Vasseur, assistente técnica da Ajuda Humanitária da UE em Moçambique.
A UE é também um dos parceiros da resposta do PMA à época de escassez em Sofala, Manica, Tete, Gaza, Maputo-Província e Inhambane. Graças a doacções como as da UE, o PMA planeia fornecer assistência alimentar a quase 470 mil pessoas, enquanto auxilia o Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD) a fortalecer sua capacidade de resposta a desastres usando veículos aéreos não tripulados (drones), que colectam dados essenciais de maneira eficiente.
“As necessidades em Moçambique têm aumentado a cada dia. Estamos gratos à UE pelo apoio contínuo que nos permite chegar àqueles que mais precisam”, disse Antonella D’Aprile, representante do PMA em Moçambique.
“Os investimentos contínuos da UE em tecnologias inovadoras também desempenharam um papel fundamental no aprimoramento da capacidade de resposta a catástrofes, permitindo salvar vidas e realizar análises logo após desastres naturais”, referiu.
O financiamento da UE também está a permitir que o PMA desenvolva projectos inovadores para o fortalecimento da resiliência climática em comunidades nos distritos de Gaza e Tete, propensos à seca. Uma dessas inovações é o desenvolvimento de um sistema de alerta de seca que permite aos agricultores se prepararem para períodos prolongados de seca. Quando o sistema estiver totalmente operacional, ele aumentará a resiliência dos agricultores a desastres naturais e reduzirá o dano potencial aos seus meios de subsistência.
A União Europeia é um parceiro de longa data do PMA, contribuindo com mais de 32,8 milhões de euros para as actividades do PMA em Moçambique nos últimos cinco anos.