A linha férrea que liga as minas de carvão de Tete e o porto de Nacala, passando pelo Malawi, transportou entre Janeiro e Setembro mais 11,5% de carga que no mesmo período de 2018, foi anunciado final de semana.
“De Janeiro a Setembro do ano em curso, na componente ferroviária, o Corredor do Desenvolvimento do Norte (CDN) transportou 398 mil toneladas, contra 357 mil toneladas no período homólogo de 2018, correspondendo assim a uma evolução de 11,5%”, informou, em comunicado, a empresa gestora.
No mesmo período, o CDN transportou 417 mil pessoas, um incremento de 5,3%.
O volume da carga manuseada no porto de Nacala atingiu 1,5 milhão de toneladas métricas, contra 1,4 (2018) e 1,2 (2017).
O CDN – Corredor de Desenvolvimento do Norte – é uma sociedade anónima constituída e registada em Moçambique, cujo objectivo é a gestão, reabilitação e exploração comercial de forma integrada das infra-estruturas do porto de Nacala e da rede ferroviária do norte de Moçambique.
A extracção de carvão pela empresa mineira brasileira Vale na região de Tete tornou viável a construção da ferrovia de 912 quilómetros, incluindo 200 que atravessam o território do Malawi, e um terminal portuário de águas profundas em Nacala.
Para poder exportar por via marítima, a Vale associou-se à japonesa Mitsui e à empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique, num investimento de 4,5 mil milhões de dólares.
Actualmente, a linha permite transportar todo o tipo de cargas e passageiros - nomeadamente até Lichinga, capital da província do Niassa.