A ASSOCIAÇÃO dos Escritores Moçambicanos (AEMO) estará durante 14 dias encerrado a partir de hoje, depois de se ter confirmado que o escritor Aurélio Furdela, membro e funcionário desta agremiação, testou positivo ao novo coronavírus.
O encerramento visa evitar que a doença se alastre na instituição, visto que Furdela poderá ter mantido contacto com outros funcionários e frequentadores daquela instituição literária que conta com oito trabalhadores.
Furdela começou a apresentar sintomas da infecção há uma semana e a sua contaminação foi confirmada na manhã de ontem. “Ele está bem, com uma gripe em casa”, disse o secretário-geral da AEMO, Carlos Paradona.
O também escritor aproveitou a ocasião para apelar a “todos que com ele contactaram nos últimos dias a tomarem as medidas que se reputarem apropriadas”.
Face a esta situação, os funcionários da associação deslocaram-se ao Hospital Geral de Mavalane, para que todos fossem testados, o que não foi possível.
“Infelizmente, no local, a AEMO foi informada que os testes são feitos àqueles que apresentam sintomas manifestamente visíveis e, como nenhum de nós apresenta esses sintomas, recomendaram-nos a ficar em quarentena, pelo que, estaremos, nas próximas semanas, encerrados”, explicou Paradona.
Ontem, as instalações desta associações foram desinfectadas.
O último evento da AEMO também aconteceu ontem, com a realização de uma mesa redonda em homenagem ao poeta e político Marcelino dos Santos, que nas artes é conhecido como Kalungano. Ele foi lembrado por ocasião da passagem do primeiro aniversário da sua morte.
Foram adiadas actividades que estavam marcadas para hoje e todas da próxima semana. Uma delegação da AEMO comandada por Paradona deveria escalar esta manhã o distrito de Boane, para oferecer livros à Escola Secundária Marcelino dos Santos, em mais uma acção de homenagem a Kalungano. Fica igualmente cancelada a publicação da segunda edição da coleção de poemas “Canto de Amor Natural”, publicado pela primeira vez em 1987, por esta agremiação.