A CERAMISTA moçambicana Reinata Sadimba está entre as mulheres africanas de carreira consolidada que farão parte de uma exposição colectiva no Museu de Arte Moderna de Paris, França.
A mostra, intitulada “O poder das minhas mãos – Áfricas: artistas mulheres”,aguarda o levantamento das restrições sanitárias para abrir ao público,sendo que nela as mulheres têm o dom da palavra e da expressão.
A exposição faz parte do programa “Temporada África 2020”, que também levou a Paris o fotógrafo moçambicano Mário Macilau.
Foi concebida pela curadora angolana Suzana Sousa e o Museu de Arte Moderna de Paris, Odile Burluraux.
Tem como principal foco a partilha de experiências quotidianas entre mulheres que farão parte da colectiva.
Tem como título “O poder das minhas mãos” por tentar trazer a ideia de trabalho manual.
A exposição exibe obras de pintura, cerâmicas, fotografias, vídeos e performancesqueremetem ao corpo, espiritualidade, memória, maternidade ou àfamília, temas universais contados pelas mãos de quem é largamente sub-representado nos museus do mundo inteiro.
A mostracontará com obras de Stacey Gillian Abe, Njideka Akunyili Crosby, Gabrielle Goliath, Kudzanai -Violet Hwami, Keyezua, Lebohang Kganye, Kapwani Kiwanga, Senzeni Marasela, Grace Ndiritu, Wura-Natasha Ogunji, Reinata Sadimba, Lerato Shadi, Ana Silva, Buhlebezwe Siwani, Billie Zangewa e Portia Zvavahera. Ementrevista, Suzana Sousa leva-nos a descobrir as obras, as artistas, os temas e os questionamentos desta mostra que é, para ela, o primeiro projecto curatorial que realiza na França.
Reinata Sadimba nasceu em 1954,na aldeia de Nemu, província de Cabo Delgado, e é considerada uma das artistas mulheres mais influentes do continente africano.
Recebeu vários prémios e fez exposições países como África do Sul, Portugal, Tanzania, Bélgica, Suíça, Dinamarca e Itália.