A China anunciou ontem novas medidas para incentivar as famílias a ter mais filhos, após ter aplicado rígidos controlos de natalidade durante mais de 30 anos ao abrigo da política “um casal, um filho”.
O país mais populoso do planeta enfrenta agora uma crise demográfica, com a força de trabalho a envelhecer e menor crescimento populacional em décadas.
As autoridades aboliram a política de filho único em 2016, permitindo até três crianças por casal, os nascimentos continuaram a diminuir nos últimos cinco anos.
Na terça-feira, o ministério da Saúde chinês pediu ao Governo e às autoridades locais para investirem mais na saúde reprodutiva e melhorarem a assistência à infância que são em grande parte insuficientes no país.
As autoridades locais devem “pôr em prática medidas activas de apoio à fertilidade”, através de subsídios, deduções fiscais e melhores seguros de saúde, bem como educação, habitação e ajuda ao emprego para as famílias, defendeu o ministério.
As províncias também devem garantir que têm um número suficiente de creches até ao final do ano para crianças entre dois e três anos.
As cidades mais ricas já introduziram empréstimos para a habitação, incentivos fiscais, auxílios educacionais e até subsídios para encorajar as mulheres a terem mais filhos. As directivas publicadas hoje parecem alargar esta política a todo o território.
A taxa de natalidade da China caiu, no ano passado, para 7,52 nascimentos por 1.000 pessoas, a menor desde que os registos começaram em 1949, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês.