MAIS de 1,5 milhão de agricultores e pastores afectados pela seca no Corno de África precisam de “assistência urgente” para evitar “uma crise de fome”, alertou ontem a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A agência com sede em Roma estima que são necessários 138 milhões de dólares (8,8 mil milhões de meticais) em “financiamento urgente” para uma região “já propensa à insegurança alimentar” e onde, após três anos de chuvas fracas, uma praga da gafanhotos em 2020-21, e os efeitos da pandemia da Covid-19 esgotaram a capacidade de resposta das comunidades rurais até ao limite, minando a respectiva produtividade agrícola.
Na Etiópia, Quénia e Somália, os países mais afectados, as projecções indicam que cerca de 25,3 milhões de pessoas irão enfrentar uma grave crise de insegurança alimentar até meados de 2022, situação que, a concretizar-se, colocará o Corno de África entre as regiões do mundo mais frágeis do ponto de vista alimentar, alertou ontem a FAO através de um comunicado.