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ANABELA MASSINGUE

(anmassingue@gmail.com)

HÁ dias recebemos, na Redacção do nosso matutino, uma visita de estudo interessante. Eram visitantes de palmo e meio do Colégio Privado da Matola. Normalmente, a nossa casa tem sido palco de visitas movidas pelo interesse à volta da origem e funcionamento de uma empresa jornalística.

Aqui vêm visitantes representando diversos sectores de actividade: academia, partidos políticos, forças armadas de diversa especialidade, ensino, entre outros. Mas de todos quanto nos têm brindado com a sua visita, tirei chapéu para os petizes do Colégio da Matola.

Confesso que, a dado momento, tive pena do colega Osvaldo Gemo. Foi a ele quem coube a vez de conduzir a visita. O cenário acontecia num dia em que a previsão indicava a subida dos termómetros. Era uma quinta-feira, ia-se perto das 10.00 horas. Escassos minutos após a chegada dos visitantes à Redacção do Notícias, que foi a porta de entrada, o ambiente já era de agitação.

Apesar da previsão de um dia quente, ainda dava, àquela hora, para suportar a temperatura. Mas o calor, internamente não tardou. Veio logo, que até o principal articulista convidou os visitantes a se movimentarem para uma ala da Redacção que melhor arejamento tinha. Creio que ele próprio já sentia o calor, não do estado do tempo, mas o causado pela interacção com os meninos. É um homem forte mas quase que cedia ao contacto “taco-a-taco”.

À sua chegada, as crianças não se fizeram de rogados. Nem quiseram esperar pelas honras da casa. Tocaram a ler tudo de informativo que havia nas paredes. Avançaram com perguntas, mesmo antes do briefing que normalmente caracteriza o início da interacção entre o representante da casa e os visitantes.

As perguntas eram à velocidade da sua curiosidade e em cada resposta surgia outra. Entre eles davam-se as respostas sobre a casa e nalgum momento não esperaram que fosse o anfitrião a fazê-lo. Para além de perguntas e respostas, eles tinham sempre comentários, debatiam e rapidamente tiravam conclusões sobre as coisas.

Várias vezes foi necessário um fiscal de linha, a professora Teresa, para o caso da primeira turma, e um professor que mais tarde veio com a segunda turma, relativamente mais calma. Só eles é que têm o domínio dos seus alunos e provavelmente sabem melhor como e quando travá-los.

Os petizes procuraram saber de tudo, mesmo do que nós fazemos e nunca tínhamos parado para contabilizar. Na verdade, tinham ideias e sugestões para tudo mas uma coisa que não sabiam é que o jornal Notícias era algo independente e as notícias elaboradas pelos seus jornalistas não eram publicadas na STV e na Media Mais (passe a publicidade).

Quiseram saber também de aspectos técnicos e por que aconteciam de certa maneira e não de outra. No fim do trabalho com os visitantes de palmo e meio, Gemo só podia ter um intervalo maior. 

Foi um começo do dia interessante e deu para, uma vez mais, testemunharmos o momento mais belo da vida – a infância – em que muitos problemas e stresses são para os outros e a nós interessa o que queremos do momento.

Parabéns, meninos, pelo vosso nível e avidez de conhecer as coisas!

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