Sexta-feira, 22 Novembro, 2024
Início » Projectos de mobilidade custam 29,8 mil milhões

Projectos de mobilidade custam 29,8 mil milhões

Por Jornal Notícias
901 Visualizações

O GOVERNO pretende investir, nos próximos dez anos, 459 milhões de dólares (cerca de 29,8 mil milhões de meticais) para melhorar a mobilidade nas cidades de Maputo e Matola e vilas de Marracuene, Matola-Rio e Boane.

A informação foi partilhada ontem pelo vereador de Mobilidade, Transporte e Trânsito no município de Maputo, Fernando Uache, no seminário de disseminação do projecto de Sistema de Transportes Urbanos da Área Metropolitana de Maputo (SIMPUT), realizado pela autarquia e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA).

Deste montante, 100 milhões de dólares são destinados à construção de estradas de acesso às estações dos caminhos de ferro, em paralelo com o desenvolvimento da infra-estrutura ferroviária. Outros 158 milhões serão aplicados na expansão e melhoria da rede de estradas, incluindo a concepção de uma nova via circular, com os mesmos padrões da actual.

Os projectos incluem ainda a construção de vias de acesso nos municípios da Matola, Marracuene, Boane e Matola-Rio, facto que exigirá recursos adicionais para o reassentamento de famílias e empreendimentos localizados no seu traçado.

“Os projectos são complexos, daí que devem ser implementados sequencialmente. De acordo com o plano, a cidade da Matola beneficiará de 16 novas estradas, enquanto Marracuene e Boane terão quatro e três, respectivamente”, avançou.

Outrossim, prevê-se um investimento de 59 milhões na melhoria da ligação entre Maputo e Marracuene, num esforço para aliviar o congestionamento rodoviário.

O presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, ressaltou a importância de uma abordagem conjunta entre as autarquias para solucionar o problema de transporte  e mobilidade urbana.

“O facto de estarmos reunidos indica que reconhecemos o problema”, afirmou Manhique, destacando que o caos no sistema de transportes só será resolvido com melhor organização e maior acessibilidade ao transporte público.

“Precisamos de um transporte público credível, onde os cidadãos saibam que, à hora marcada, o autocarro estará disponível para levá-los ao destino”, sublinhou.

Kakuzi Otsuka, representante da JICA, parceiro na implementação do projecto, destacou a cooperação para melhorar o sistema de transportes, em seguimento à revisão do Plano Director de 2014 e o fortalecimento da gestão dos autocarros.

O presidente do conselho de administração da Agência Metropolitana de Transportes (AMT), António Matos, sublinhou a necessidade de se actualizar o documento, para responder à actualidade da região.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar