Manifestações afectam movimento migratório

O MOVIMENTO migratório no país teve uma ligeira queda durante a semana passada, devido à onda de manifestações que obrigaram a paralisação de vários sectores de actividades, incluindo a fronteira de Ressano Garcia.

Os transportadores, assim como os comerciantes, sobretudo os que operaram nas rotas Maputo/África do Sul pararam literalmente, situação que poderá influenciar, no aumento do preço de alguns produtos importados.

Segundo o presidente da Associação dos Transportadores Internacionais da Junta, Leonardo Timba, na quinta-feira, em que se registou o pico dos protestos contra os resultados das sétimas eleições legislativas, nenhuma viatura partiu da Junta com destino à África do Sul, contra duas dos dias normais.

Entretanto, pelo menos três carros que regressavam da “terra do rand” no mesmo dia foram danificados na sequência de arremesso de pedras contra os mesmos na Estrada Nacional Número Quatro (N4), no troço entre a Portagem da Matola e a zona da Brigada Montada.

A fonte contou que nenhum ocupante foi atingido, porém desde este incidente até ao momento quase todos os carros não saem da Junta.

“Hoje, segunda-feira, só partiu um veículo para o país vizinho, contra duas a quatro nos dias normais. É triste não termos passageiros,  porque esta é a nossa única fonte de renda”, lamentou.

Assim, não obstante o fraco movimento de passageiros, os operadores ainda têm de buscar recursos para reparar os danos causados aos meios de trabalho.

Dados da Direcção Provincial de Migração (DPM) confirmam uma diminuição na procura dos serviços, em pelo menos 4,77 por cento se comparado a igual período do ano passado.

Em contacto com o “Notícias”, a porta-voz da DPM, Carmen Mazenga, indicou que se viveu uma semana atípica, com menos movimentos de entrada e saída de viajantes em todos os postos fronteiriços.

 Neste contexto, passaram pelas fronteiras internacionais 37 mil pessoas, contra quase 40 mil de igual período do ano transacto.